sexta-feira, 13 de maio de 2016

O JOVEM CRISTÃO E A UNIVERSIDADE - Para pastores e líderes

Faço parte de uma entidade chamada Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos) e temos travado batalhas importantes a respeito da liberdade religiosa no Brasil. 
O Brasil não está na lista dos países com violência religiosa, mas nosso presidente Dr Uziel Santana, que é nosso irmão presbiteriano do Sergipe, desenvolveu uma brilhante tese dividindo a violência religiosa em real e simbólica.
A violência real, por óbvio, é quando grupos religiosos são perseguidos e agredidos fisicamente, como ocorre em grande escala nos países fechados, especialmente no Oriente Médio. De fato, felizmente esse tipo de violência é quase inexistente no Brasil.
No entanto a tese do Dr Uziel, inclusive hoje aceita pela ONU, considera a existência da violência simbólica. O que é isso? Nos casos de violência religiosa simbólica, se permite a liberdade, mas por outro lado, se desconstrói a base da crença, fazendo-a parecer inócua, retrógrada e ultrapassada.
Diante disso, constatou-se que o Brasil, embora quase não possua violência real, é um país com elevadíssimo índice de violência simbólica e, como o cristianismo é predominante, logicamente é a religião mais atacada.
Existe um trabalho muito bem articulado para ridicularizar a fé cristã, minando os valores do cristianismo. A mídia liberal e as instituições aparelhadas lutam diariamente pela desmoralização da visão judaico-cristã, que é base da toda a civilização ocidental. No Brasil a desconstrução dos valores Cristãos é promovida por blogs, sites, canais de televisão, instituições governamentais e principalmente no ambiente acadêmico e é sobre esse último que pretendo tecer breves comentários.
Muitos de nossos jovens vão para a universidade completamente despreparados e sem noção alguma do ambiente insalubre a fé que irão enfrentar. Jovens de formação cristã deficiente não conseguem sustentar racional e argumentativamente sua fé perante o discurso acadêmico de docentes relativistas e secularistas, que praticamente dominam as universidades Brasil a fora. Muitos cristãos não conseguem se posicionar ante essa violência simbólica, praticada por quem desfila erudição e superioridade intelectual com habilidade profissional, e muitos jovens desviam-se, abandonam a fé, e uma vez convencidos pelo sistema profano, sentem que foram enganados pela igreja, e muitos tornam-se céticos e até ateus.
Conheci uma jovem que no segundo semestre do curso de filosofia, em público desafiou seu pai e pastor, dizendo que tudo o que ela acreditou a vida inteira era mentira e que seu pai enganava as pessoas com histórimhas ilusórias da bíblia. É lamentável, mas esse exemplo não é único e nem raro!
O Rev. Augustus Nicodemus, ex-Chanceler da Universidade Mackenzie, em seu livro Polêmicas na Igreja, apresentou dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Barna em 2011, sobre a apostasia de jovens evangélicos americanos. Os dados são preocupantes. Segundo o levantamento, 10% se tornam ateus ou agnósticos, 40% deixam de frequentar a igreja, mas ainda se proclamam cristãos e 20% assumem dificuldades em conciliar sua fé com as demandas da sociedade. Apenas 30% permanecem firmes, tal qual estavam antes da Universidade.
Embora a pesquisa seja dos Estados Unidos, é certo que no Brasil, muitos jovens cristãos também não estão prontos para encarar o materialismo acadêmico, não raramente dominado por ideias relativistas e marxistas e muitos não sobreviverão apenas com sua base de fé.
Considerando a formação cultural, familiar e até mesmo a personalidade e caráter do jovem, em alguns casos, conforme for o tamanho da sua fé, ela não será suficiente para remover as montanhas de argumentos da academia. Será necessário muita fé e muita oração, mas também é indispensável muito preparo e convicção racional do cristianismo.
Pastor, está dizendo que a fé não é o suficiente? Sim, estou, a fé sem obras é morta, e nesse embate de princípios, as obras nada mais são que os argumentos.
E como encarar esse desafio?
Como pai acredito que devemos instruir profundamente nossas crianças, adolescentes e jovens para que estejam preparados a enfrentar de cabeça erguida e com convicção inabalável esse mundo que jaz no maligno!
Como pastor, acredito humildemente que precisamos de menos congressos e mais seminários.
Para enraizar fundamentos do cristianismo em jovens é necessário priorizar o estudo. Cada igreja deveria ter pelo menos uma sala de aula. O verdadeiro avivamento que precisamos deve tornar nossos jovens guerreiros blindados e combativos! Para isso, precisamos de mais estudos bíblicos, palestras, seminários. Temos de colocar nossos jovens no ambiente da academia, apresentar-lhes as objeções ateístas à fé, e ensinar-lhes os contra-argumentos para replicá-las!
Para tanto, alguns temas precisam ser levados urgentemente para nossos púlpitos, encontros e seminários.
Precisamos falar de sexo antes do casamento abertamente. O sistema já inculcou em jovens, adolescentes e pasmem, até em crianças, que isso é normal. Precisamos falar de aborto, drogadição, homossexualidade, política. Precisamos falar de evolucionismo, criacionismo, design inteligente etc.
Acredito que nunca o texto de Romanos 12:2 esteve tão atual como agora e a bíblia deve ser sempre o centro da nossa fé e instrução. No entanto, justamente seguindo o conselho de Paulo, não devemos nos conformar, mas sim nos transformar, e como isso ocorrerá? Pela renovação da nossa mente!
Precisamos estar afiados na teologia bíblica, mas para combater essa violência simbólica também precisamos nos valer de premissas cientificas.
O professor ateu não vai ouvir um único argumento e ainda vai ridicularizar o jovem que citar Gênesis para contestar a ideologia de gênero, mas, terá de ouvir com atenção o aluno que defender a heterossexualidade a partir de argumentos da biologia, antropologia etc., e nosso jovem acadêmico não maculará sua fé por dominar argumentos científicos, pelo contrário, sua fé será fortalecida.
Líderes e pastores, guiemos nossos jovens sempre a luz da Bíblia, mas sem deixar de lado os argumentos técnico-científicos, pois serão eles que confrontarão nosso jovens lá fora.
Nossas igrejas possuem profissionais excepcionais. Médicos, químicos, biólogos, juristas, professores etc. Eles precisam ser convidados a usar a tribuna. Eles precisam nos treinar em suas áreas especificas, compartilhar seu conhecimentos técnico e experiências pessoais. A ciência e a fé jamais foram inimigas!
Assim colocaremos em prática o conselho do apóstolo Pedro: Crescei na graça e conhecimento...! 2 Pedro 3:18a

terça-feira, 4 de março de 2014

DESAFIO BÁVARO. ÁLCOOL NOT COOL!


Virou febre entre jovens e adolescentes o tal de desavio bávaro. Nas redes sociais um jovem desafia a outros  a beber no mínimo 500 mls de cerveja de uma vez só. Se não fizer adivinhem qual é a punição: paga uma caixa de cerveja, mas se fizer adquire o direito de desafiar outros, e assim segue a bebedeira com direito a propaganda na internet. Qual é a razão desse desafio de beber não sei quantos MLs de bebida e postar na internet? Acredito que a liberdade é uma das maiores conquistas de qualquer cidadão, digo isso por que quero que saibam que respeito a decisão (embora não a compreenda) de jovens deixarem filmar-se em tal situação, e ao meu ver, embora nociva, tal brincadeira é o exercício da liberdade. Mas há um outro lado, sempre há um outro lado. Tudo é lícito, mas nem tudo convém. Vivemos em um país com índices alarmantes de acidentes fatais no trânsito (a grande maioria por consequência do uso de álcool), no Brasil e no mundo, milhares de famílias são desagregadas pelo mesmo motivo, a violência contra a mulher está intimamente ligada ao álcool, sem contar todos os efeitos colaterais de qualquer dependência química, a curto, médio ou longo prazo. Por esse (e muitos outros) motivos, me parece que a questão vai além da liberdade individual. As estatísticas demonstram que o álcool está alcançando cada vez mais precocemente a vida de crianças e adolescentes, e a sociedade parece aceitar "na boa". É isso que preocupa. Hoje, pra ser descolado tem que ultrapassar os limites, inclusive os do bom senso. O álcool só é cool no nome. É isso que preocupa. Não sei se estou sozinho ou se alguém mais pensa da mesma maneira, mas estou como a Rachel Sheherazade, "esperando a quarta feira de cinzas chegar", não essa do carnaval, espero uma quarta feira de cinzas utópica, onde nossos jovens deixarão para trás a folia dos vícios e com orgulho dirão, eu vivo em um país desenvolvido, sério, onde tem educação, saúde, segurança... E mais, nesse fatídico dia diremos, eu ajudei a construir esse país, dediquei meus melhores anos a família, ao crescimento pessoal, a cultura, ao próximo, a fé, aos amigos. Mas e o álcool? Bem, acendi a lareira e "lived the life"! Se você leu até o fim, estás desafiado a fazer a vida ser mais "cool" (legal), com menos álcool.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS DE MODELO A TODA TERRA...














O brilho no olhar do meu Gaúchinho lindo reflete bem o respeito e amor que sentimos por esse pago! E é em função desse respeito que de vez em quando me atrevo a compor uns versos. 

Reproduzo abaixo o chamamé "Filho desse chão".


O vento assovia forte
Uma canção minuana
Cinco horas da matina
E o Peão pula da cama
Cruzando coxilhas e vales
Vou na direção do Horizonte
Galopando até meu destino
Antes mesmo que o sol desponte

É debaixo do céu azul 
Que o gaúcho mostra quem é
Hospitaleiro que tem de sobra
Cultura, amor e fé
Quem conhece o Rio Grande 
E sua beleza singular
Pode ir ao fim do mundo
Mas duvido não voltar

A gente gosta mais tarde
Do que amou na infância querida
Cresci lutado pra ser alguém
Pra vencer um dia na vida
Prefiro as coisas simples
Pois são feitas com mais amor
E almejam o azul do céu
Como a alma desse cantor

Sempre agradeço a Deus 
Por ser filho desse chão
E não existem porteiras
No meu gaudério coração
Gaúcho é bom brasileiro
É o que todo mundo diz
No meu rancho não tem tramela
E assim eu sou feliz

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

SOBRE O ABORTO: A VIDA É UMA DÁDIVA DE DEUS, E NÃO TEMOS O DIRETO DE NEGÁ-LA A NINGUÉM.


Uma amiga, estudante universitária solicitou-me que respondesse essas perguntas feitas por sua professora. Notem que as perguntas são afirmativas. É impressionante como hoje, em nome de um suposto progressismo a sociedade tritura valores e desrespeita inclusive a vida. Espero que tenha contribuído através de uma visão cristã!


Segue abaixo perguntas e respostas: 

1 - Como a religião tem necessidade de influenciar no pensamento da sociedade sob a questão do aborto?

R.: Acreditamos que as religiões devem buscar a valorização da vida acima de qualquer coisa. É incoerente um pensamento religioso favorável a legalização do aborto, haja vista que pretensa legalização, nada mais é do que a institucionalização do infanticídio.

2 - A religião evangélica é a favor ou contra o aborto?

R.: O segmento evangélico tradicional e pentecostal (desse faz parte a Assembléia de Deus, denominação a qual pertenço) é terminantemente contra. 

3 - Atualmente só as mulheres ricas tem acesso a um aborto seguro. As mulheres pobres acabam morrendo em clinicas clandestinas. Não seria melhor legalizar o aborto para dar fim a essa hipocrisia?

R.: Com todo respeito a quem elaborou as perguntas, acredito que hipocrisia é matar inocentes sem direito de defesa, independente de qualquer justificativa. Alegar que "só mulheres ricas tem acesso a um aborto seguro" é no mínimo um paradoxo. Mesmo que o aborto seja eficiente em preservar a vida da mãe, as sequelas futuras serão inevitáveis. 

Estudos comprovam que mulheres que realizam aborto tornam-se 9% mais propensas a hemorragias, 8% mais propensas a Infecções e febres altas, 26% mais propensas a sofrer dores violentas, 5% mais propensas a ter parto prematuro numa gravidez posterior, 14% mais propensas a sofrer aborto espontâneo, numa gravidez "desejada" posteriormente, e muitas passam a desejar isso obcecadamente como forma de compensar o ato anterior. Não importa se a mulher é pobre e para abortar tomou cytotec (remédio para tratamento de úlceras), usou agulhas de crochê ou se tendo condições financeiras, viajou para os EUA a fim de realizar o aborto com um assassino profissional (Médicos especializados em aborto). 

Logo, não existe aborto seguro. Dessas conseqüências ninguém escapa, a natureza não é seletiva. Não importa se o aborto foi realizado em casa ou na melhor clínica. Logo, não existe aborto seguro.

4 - Uma menina está grávida. A religião acha que uma criança pode ser mãe de outra criança?

R.: Permitam-me apresentar dados científicos antes de responder:

Um estudo recentemente publicado traz uma série de novas pistas para se esclarecer os motivos e o perfil das mulheres que realizam abortos no Brasil. Essa pesquisa, coordenada por Débora Diniz, antropóloga da Universidade de Brasília (UnB), e por Marilena Corrêa, médica sanitarista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), avaliou mais de 2 mil estudos sobre o aborto no país. Os resultados contrariam o senso comum, segundo o qual esperaríamos uma maior taxa de abortos entre adolescentes e mulheres com pouco estudo, desempregadas, solteiras e não católicas. Segundo Diniz e Corrêa, a maioria das mulheres que abortam tem entre 20 e 29 anos e possui uma união estável (cerca de 70%). Essas mulheres têm até oito anos de estudo e a maioria trabalha e é católica (entre 44,9% e 91,6%, dependendo do estudo analisado).[1] 

Ora, a religião preocupa-se com a prevenção. A pergunta adequada deveria ser: Por que uma criança encontra-se grávida? É irônico condenar a gravidez de adolescentes quando a própria sociedade (principalmente através da mídia) as estimula a praticar sexo precocemente sem condições físicas e psicológicas para isso. Talvez pensem que estou sendo agressivo na afirmação, mas, por favor, me entendam. Não podemos fechar os olhos para a realidade, nossas crianças (e os adultos também) são bombardeadas por erotismo desde o maternal. Agora voltemos aos números da pesquisa da UNB. 

Se 70% das mulheres que abortam possuem uma união estável, é fácil de concluir que a vida que elas abortam originou-se de um relacionamento extra conjugal, e aí está a raiz do problema. Embora aparentemente a sociedade tenha se tornado tolerante a relativização da família tradicional e monogâmica, nós ainda insistimos que esse é o modelo ideal criado por Deus e que se fosse respeitado, por si só reduziria não só os números do aborto como também de outras mazelas sociais contemporâneas. Precisamos combater a causa e não há conseqüência.

5 - Centenas de milhares de mulheres morrem, a cada ano, por causa de abortos mal feitos. Legalizar o aborto não seria exigência de saúde pública?

R.: Milhares de pessoas morrem vítimas das drogas, do crime organizado, etc. Se temos que legalizar o aborto porque ele continua sendo feito, mesmo proibido, então vamos ter que legalizar as drogas, o assassinato, o estupro, afinal, da mesma forma que o aborto, são condutas sociais que embora criminalizadas e reprováveis, continuam a existir. 

Questão de saúde pública é prevenir a gravidez indesejada e precoce. Mesmo que muitas mulheres morram ao realizar aborto, seja ele clandestino ou não, há de se convir que nem todas têm o mesmo destino. Por mais que o percentual de mortes de mulheres ao realizarem aborto seja alto, ele não chega a 100%, e a conclusão é lógica. Quem não conhece alguém que realizou um aborto e está por aí como testemunha da sobrevivência? 

Agora vejamos o outro lado: Quantas crianças sobrevivem a um aborto? A indústria da morte é eficiente. 100 % das crianças vítimas de aborto morrem! Crianças indefesas que morrem antes mesmo de nascer! E em suas mães ficam as marcas físicas e psicológicas. Esse é o verdadeiro problema de saúde pública a ser enfrentado!

O aborto não é inaceitável pelo fato de ser muito perigoso, pelo fato de o bebê sofrer horrivelmente ou pelo fato de arrasar a mulher que aborta. Todas estas razões são suficientes para tornar o aborto inaceitável. No entanto ainda que o aborto fosse seguro como apanhar flores, ainda que o bebê abortado se deliciasse como quem come chocolate, ainda que a mulher que aborta ficasse profundamente realizada e feliz, o aborto ainda seria reprovável por ser contra a Lei moral de Deus. A vida é maior dádiva do ser humano, e não temos o direito de negá-la a ninguém. Deus deu só ele pode tirá-la. Em qualquer situação o aborto é no mínimo uma covardia, pois configura o triunfo de uma pessoa forte sobre um inocente, frágil e completamente indefeso.

Permitam-me finalizar reproduzindo a parte final do juramento oficial do curso de Medicina:

Manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção. Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às leis da natureza. Faço estas promessas, solene e livremente, pela minha própria honra". 

Ser mãe (e pai) é ser protagonista da renovação da vida. Diga não ao aborto.


Daniel Fich de Almeida
Pai do Mateus Yan e acadêmico do X Nível de Direito na UPF