domingo, 10 de janeiro de 2010

SILÊNCIO NECESSÁRIO


Queridos amigos e irmãos, iniciei o blog em 2008 com algumas postagens, já no ano de 2009 praticamente o abandonei, não por ação volitiva, vários fatores alheios a própria vontade consumiram parte do meu tempo, além das atividades do dia-a-dia, no trabalho, faculdade, igreja e outros projetos tornaram o ano resumido em tempo, mas por outro lado foi um ano de grandes experiências e muito aprendizado. Bem, após a vã justificativa chego em 2010, e esse ano prometo ser mais ativo aqui na blogosfera, o primeiro artigo que me proponho a publicar foi escrito por esse jovem a mais de dois anos para um jornal aqui do RS, porém dada a relevância do assunto, bem como a visivel necessidade, inicio minhas publicações nesse ano com o refeido artigo, intitulado Silêncio Necessário, o mesmo apresenta-se irônico em relação ao mundo virtual no qual nossos blogs mergulham, e é justamente nesse contexto, onde todo mundo diz o que quer, que vejo muita gente desperdiçando palavras, tempo e pior, as vezes legitimando acusações infundadas, e por ai vai...Mas, ja chega de papo, vamos ao artigo.
O silêncio faz grande falta na civilização contemporânea, na falta de um assunto edificante, utiliza-se temas negativos, prejudiciais ou sórdidos, envilecendo a própria alma, enxovalhando o próximo e consumindo-se energias valiosas. Há uma preocupação excessiva em falar, opinar, mesmo quando se desconhece a questão. Parece de bom-tom a postura de referir-se a tudo, de estar a par dos assuntos. Aumenta-se, assim, a maledicência, confundem-se as opinões, entorpecem-se os conteúdos morais das palavras. Se cada pessoa falasse apenas o necessário e no momento oportuno, haveria um salutar silêncio na terra. O silêncio faz grande falta nos nossos dias. Fala-se em demasia e por conseguinte, fala-se do que não deve, do que não sabe, do que não convêm, apenas pelo hábito de falar. Deveríamos fazer silêncio diante de observações pejorativas, de assuntos prejudiciais, matando assim, ao surgir, a informação malsã. Quando te trouxerem opiniões infelizes, reclamações, queixas que põem mal diante de ti o ausente, seja ele quem for, não te deixes contaminar pelo morbo da palavra insensata. Há pessoas que se autonomeiam fiscais do próximo e não se detêm a examinar a sua própria conduta, deste modo, reprochável. Raramente, falam bem, referem-se ao lado bom das pessoas e dos acontecimentos. Todas as pessoas possuem o seu lado oculto, certamente
negativo em umas, quanto admirável em outras. A observação sob alta dose de má vontade, apenas vê o que quer e fala do que gosta. Não opines mal a respeito de ninguém, mesmo que o outro mereça. Muito menos, te deixes emaranhar pelos que falam mal do próximo. Eles terminarão por submeter-te à opinião que lhes apraz, armando-te contra aqueles com quem não simpatizam. Falar bem ou mal é um hábito.
Quando as referências são acusadoras, levam a alma da vítima à morte, porém suicida-se também, aquele que sempre aponta o erro. Use o silêncio necessário. O silêncio faz bem àquele que o conserva.
Jesus calou muito mais do que falou. Os Seus Silêncios sábios são o atestado mais expressivo do Seu Amor pela humanidade.
Pense nEle, e quando chamado a falar, imite-o incessantemente!
Feliz 2010 a todos.
DANIEL FICH DE ALMEIDA – danielfichalmeida@hotmail.com