quinta-feira, 23 de setembro de 2010

MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA

Um grupo de personalidades lançou nesta quarta-feira (22) o "Manifesto em Defesa da Democracia". O movimento é uma resposta rápida ao ato divulgado na última terça-feira pelo PT, centrais sindicais e partidos cujo intuito é combater o "golpismo da mídia". 
O lançamento do manifesto foi ao meio-dia, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo. O texto salienta que atualmente, no Brasil, "os inconformados com a democracia representativa se organizam para solapar o regime democrático". Logo na abertura o documento lembra que "em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano".
O documento tem a assinatura de 59 pessoas, entre as quais figuram o jurista Hélio Bicudo; o bispo dom Paulo Evaristo Arns; o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sidnei Sanches; o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega; o poeta Ferreira Gullar; a atriz Rosamaria Murtinho e os cientistas políticos Leôncio Martins Rodrigues, José Arthur Gianotti, José Álvaro Moisés e Lourdes Sola.

Veja o manifesto na íntegra:
"SE LIGA BRASIL"
"MANIFESTO EM DEFESA DA DEMOCRACIA
"Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.
"Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.
"Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.
"É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.
"É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.
"É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.
"É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.
"É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há "depois do expediente" para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no "outro" um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia , mas um inimigo que tem de ser eliminado.
"É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.
"É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
"É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.
"Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.
"Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.
"Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos."

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

QUAL É A SITUAÇÃO DE IGREJA BRASILEIRA?

Queridos, vou transcrever um artigo do Pr Ciro Sanches, que inclusive está nos meus blogs favoritos, e descreve de forma clara a situação da igreja brasileira. Deus abençoe!

Engana-se quem pensa que a igreja evangélica brasileira está vivendo a sua melhor fase! Isso só seria verdade se a Bíblia, a Palavra de Deus, não existisse.

Boa parte da igreja, misturada com o mundo, vem se envolvendo com questões que não são de sua competência, além de pregar um evangelho “contextualizado”, que atrai pessoas para dentro dos templos, mas afasta-as da verdade!

A igreja de hoje não incomoda nem influencia ninguém, a não ser a “igreja da maioria” quanto ao crescimento numérico. Quem defende o evangelho de Cristo hoje, conforme Filipenses 1.16 e Gálatas 1.8, é considerado persona non grata e chamado de cético. Foi o Senhor Jesus também um cético por ter dito "Acautelai-vos dos falsos profetas", em Mateus 7.15?

Devemos aceitar com naturalidade esse evangelho ecumênico, facilitador, pragmático, pregado hoje em dia, cuja máxima é: “O mais importante é o amor que une do que a doutrina que divide”?

Como temos reagido ao evangelho empirista, experiencialista, que supervaloriza experiências e "milagres", em detrimento da Palavra de Deus? Nada valem passagens bíblicas como Deuteronômio 13.1-4 e João 10.41? Se ocorrerem fenômenos como mãos grudadas e dentes de ouro, não nos importamos se o pregador fala a verdade segundo a Bíblia ou não? Mas Janes e Jambres também não fizeram prodígios? Não devemos levar em consideração Mateus 7.21-23?

Que reação temos hoje ante o evangelho antropocêntrico, humanista, que apresenta Deus como um “Papai Noel”, cujo prazer resume-se em distribuir presentes aos “meninos” que têm fé? O nosso culto não é para o Senhor Jesus? Reunimo-nos para receber, receber e receber? É isso que é ser um servo de Deus?

E quanto aos evangelhos teologicocêntrico e filosófico, que não consideram a Palavra de Deus a fonte primária de autoridade? Você que segue a teólogos de renome cegamente, mesmo quando as suas afirmações contrariam a Palavra de Deus, não se incomoda com isso?

Como temos reagido ante os evangelhos farisaico, da prosperidade e do entretenimento? Ser crente é isso? O importante é seguir a tradições, ser rico ou divertir-se à vontade na casa de Deus?